Cisto pilonidal
Doença Pilonidal: Causas, Anatomia e Tratamentos Modernos
O que é a Doença Pilonidal
A doença pilonidal ocorre geralmente na região sacrococcígea (entre as nádegas) e se caracteriza pela formação de um cisto ou abscesso devido à penetração de pelos na pele. O termo vem do latim pilus (pelo) e nidus (ninho) — literalmente “ninho de pelos”.
Anatomia e Fisiopatologia
Acredita-se que a doença tenha origem adquirida, causada pela fricção e pressão local (como em pessoas que permanecem longos períodos sentadas), que favorecem a penetração de pelos na pele e inflamação subsequente.
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Localização típica: linha média interglútea
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Estruturas envolvidas: folículos pilosos, glândulas sebáceas e tecido subcutâneo
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Pode formar: trajetos fistulosos, abscessos e cistos recidivantes
Sintomas Principais
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Dor e inchaço na região sacrococcígea
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Saída de secreção purulenta ou sanguinolenta
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Presença de pequenos orifícios na linha média
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Febre e desconforto ao sentar-se (em casos agudos)
Tratamentos da Doença Pilonidal
O tratamento depende do estágio da doença e da presença de infecção.
Tratamento Conservador (Depilação e Cuidados Locais)
Indicado para casos iniciais ou após a cirurgia, com o objetivo de prevenir recidivas.
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Depilação frequente (laser ou lâmina) da região sacrococcígea
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Higiene local diária com sabonete antisséptico
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Evitar pressão prolongada (ex.: longos períodos sentado)
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Em casos de infecção leve, pode-se usar antibióticos tópicos ou orais sob prescrição
Objetivo: Reduzir a inflamação e impedir a reincidência de novos cistos.
Procedimento SILAC
Técnica minimamente invasiva moderna, realizada em ambiente ambulatorial.
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O laser destrói o epitélio do trajeto fistuloso, promovendo cicatrização de dentro para fora.
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O procedimento é rápido, praticamente indolor e com retorno precoce às atividades.
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Requer depilação periódica pós-operatória.
Vantagens:
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Menor dor pós-operatória
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Cicatrização mais rápida
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Excelente resultado estético
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Menor taxa de recidiva em comparação à curetagem tradicional
Cirurgia Convencional
Indicada para casos crônicos ou com múltiplos trajetos.
Excisão Simples com Cicatrização Aberta
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Retirada completa do cisto e dos trajetos fistulosos
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Ferida deixada aberta para cicatrização natural (por segunda intenção)
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Maior tempo de cicatrização, porém menor chance de recidiva
Excisão com Retalho (Técnica de Limberg, Karydakis ou Cleft Lift)
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Retirada do cisto seguida por fechamento com retalho cutâneo lateralizado
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Desloca a linha média, reduzindo o atrito e acúmulo de pelos
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Cicatrização mais rápida e menor desconforto pós-operatório
Prognóstico
Com tratamento adequado e manutenção da depilação periódica, o prognóstico é excelente.
As técnicas minimamente invasivas como SILAC têm ganhado destaque por sua eficácia e rápida recuperação, sendo hoje o padrão de escolha em muitos centros especializados.
